quinta-feira, 29 de setembro de 2011

"Você aperta o botão, nós fazemos o resto!"


As placas secas de gelatina, apesar de serem muito mais cômodas que o colódio, tinham o inconveniente de serem pesadas, frágeis e se perdia muito tempo para substituir a placa na câmera. Assim as novas tentativas visavam substituir o vidro por um suporte menos pesado, frágil e trabalhoso. Em 1861, Alexander Parkes inventando o celulóide solucionava de certa forma o problema, pois John Carbutt, um fotógrafo inglês que havia imigrado para a América, convenceu em 1888 a um fabricante de celulóide a produzir folhas suficientemente finas para receber uma emulsão de gelatina. No ano seguinte a Eastman Co. começou a produzir uma película emulsionada em rolo, feita com nitrato de celulose muito mais fina e transparente e, em 1902 já era responsável por 85% da produção mundial.
Eastman, em 1888, já produzia uma câmera, a Kodak n.1, quando introduziu a base maleável de nitrato de celulose em rolo. Colocava-se o rolo na máquina, a cada foto ia se enrolando em outro carretel e findo o filme mandava-se para a fábrica em Rochester. Lá o filme era cortado em tiras, revelado e copiado por contato. O slogam da Eastman "Você aperta o botão e nós fazemos o resto" correu o mundo, dando oportunidade para a fotografia estar ao alcance de milhões de pessoas.
Dessa forma, ele tornou um processo de sujeira e complicações em algo simples, fácil de usar e acessível para praticamente qualquer pessoa.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A História da Kodak

George Eastman
Ele deixou a escola, pois fora considerado um estudante "sem muitos talentos" ao ser avaliado pelas normas acadêmicas da época. Pobre e ainda jovem assumiu a responsabilidade de cuidar de sua mãe, viúva, e de suas duas irmãs, uma delas deficiente.
Iniciou sua carreira aos 14 anos de idade como office boy em uma companhia de seguros e depois trabalhou como atendente em um banco local.
Ele era George Eastman, e sua habilidade em superar adversidades financeiras, seu talento em organização e administração, e sua mente inventiva fez dele um empresário bem-sucedido quando ainda em seus 20 anos de idade, capacitando-o para dirigir sua empresa, a Eastman Kodak Company, uma das maiores empresas norte-americanas.
Mas construir uma multinacional e tornar-se um dos industriais mais importantes do país exigiram dedicação e sacrifícios. E isso não foi fácil.



Infância

O mais jovem de três filhos, George Eastman nasceu em 12 de julho de 1854, filho de Maria Kilbourn e George Washington Eastman, no vilarejo de Waterville, a uns 30 quilômetros ao sul de Utica, no estado de Nova York. A casa de Eastman fora a mesma onde seu pai nascera, e nela ele passou parte de sua infância. Hoje, a casa encontra-se no Genesee Country Museum em Mumford, Nova York, nas proximidades de Rochester.
Quando George tinha cinco anos de idade, seu pai mudou-se com a família para Rochester. Lá, o Sr. Eastman devotou sua energia para criar o Eastman Commercial College. Mas aconteceu uma tragédia. O pai de George faleceu, a escola faliu e a família viu-se em grandes dificuldades financeiras.
George continuou a freqüentar a escola até os 14 anos de idade. Então, forçado pelas circunstâncias, teve que começar a trabalhar.
Seu primeiro emprego, como mensageiro em uma companhia de seguros, rendia-lhe US$ 3 por semana. Um ano depois, ele passou a ser office boy em uma outra companhia de seguros. Por sua própria iniciativa, começou a cuidar do arquivo de apólices, e até mesmo a redigi-las. Seu salário passou para US$ 5 por semana.
Mas mesmo com esse aumento de salário, seus rendimentos não eram suficientes para cobrir os gastos da família. Começou então a estudar contabilidade em casa para conseguir um trabalho melhor.
Em 1874, após cinco anos trabalhando em companhias de seguros, ele foi contratado como atendente júnior no Rochester Savings Bank. Seu salário triplicou, passando para mais de US$ 15 por semana.


Os passos de um amador


Quando Eastman estava com 24 anos de idade, planejou uma viagem de férias para Santo Domingo. Quando um colega de trabalho sugeriu que ele registrasse a viagem, Eastman comprou um equipamento fotográfico com toda a parafernália de chapas úmidas que vogavam na época.
A câmera era tão grande quanto um forno de microondas e precisava de um pesado tripé. Ele também precisava de uma tenda para poder passar a emulsão fotográfica nas chapas de vidro para expô-las e revelá-las antes que secassem. Havia ainda químicos, tanques de vidro, pesados suportes de placas e uma jarra de água. Todo o equipamento "era uma carga de mula", como ele mesmo descrevera. E para aprender a fotografar ele gastou US$ 5.
Eastman não fez sua viagem a Santo Domingo. Porém, ficou totalmente absorvido pela fotografia e buscou modos de simplificar todo aquele complicado processo.
Ele leu em revistas inglesas que os fotógrafos estavam fazendo suas próprias emulsões de gelatina. As chapas revestidas com essa emulsão permaneciam sensíveis após a secagem e podiam ser expostas para leitura. Usando uma fórmula tirada de periódicos ingleses, Eastman começou a fazer emulsões de gelatina.
Ele trabalhava no banco durante o dia e fazia seus experimentos à noite, na cozinha de sua mãe. Sua mãe dizia que por vezes Eastman estava tão cansado que nem mesmo conseguia despir-se, e dormia enrolado em um cobertor no chão da cozinha, ao lado do fogão.
Após três anos fazendo seus experimentos em fotografia, Eastman obteve uma fórmula que funcionava. Em 1880, ele não só tinha apenas inventado a fórmula para chapas secas, mas também havia patenteado uma máquina para preparo de chapas em grandes quantidades. Ele rapidamente vislumbrou a possibilidade de fazer chapas secas e vendê-las para outros fotógrafos.


O nascimento da empresa

Em abril de 1880, Eastman alugou o terceiro andar de um prédio na State Street, em Rochester, e começou a fabricar chapas secas para vender. Uma de suas primeiras aquisições foi uma máquina de segunda mão pela qual pagou US$ 125.
"Na verdade, eu precisava de apenas um cavalo de força", disse ele mais tarde. "Aquela máquina tinha dois cavalos de força, mas considerei a possibilidade do negócio crescer. Valia a pena, e então arrisquei."
Conforme sua empresa crescia, enfrentou pelo menos um colapso, quando as chapas secas se deterioraram nas mãos dos distribuidores. Eastman recolheu todas do mercado e as substituiu por chapas novas. "Refazer aquelas chapas consumiu até meu último dólar", disse ele. "Mas o que nos restou foi o mais importante: a nossa reputação."
"Uma idéia brotou em mim gradualmente", disse mais tarde. "O que estávamos fazendo ali não eram meras placas secas, mas sim, estávamos tornando a fotografia algo do dia-a-dia." Ou, como ele descreveu, de forma mais sucinta, estavam tornando a fotografia "tão conveniente quanto um lápis".
Os experimentos de Eastman eram direcionados ao uso de um suporte mais leve e flexível do que vidro. Sua primeira tentativa foi usar papel e revesti-lo com emulsão fotográfica e depois carregar o papel em um suporte de rolo. O suporte era usado nas câmeras em lugar dos suportes para chapas de vidro.
As primeiras propagandas do filme, em 1885, diziam que "em breve, será lançado um novo filme sensível que se mostrará um conveniente e econômico substituto das chapas secas de vidro para trabalhos ao ar livre e em estúdio".
O sistema de fotografia usando suportes de rolos foi sucesso imediato. Contudo, o papel não era totalmente satisfatório ao se trabalhar com emulsões, pois seus grãos eram reproduzidos na fotografia.
A solução de Eastman foi revestir o papel com uma camada de gelatina solúvel e por cima desta uma camada de gelatina não-solúvel sensível à luz. Após a exposição e revelação, a gelatina que trazia a imagem era removida do papel, transferida para uma folha de gelatina transparente e recoberta com colódio – uma solução de celulose que forma uma película firme e flexível.
Conforme aperfeiçoava o filme transparente em rolo e o suporte para rolo, Eastman redirecionou completamente seu trabalho e definiu a base de sucesso de seu negócio em fotografia amadora.
Mais tarde ele disse: "Quando começamos a montar a fotografia em filme, esperávamos que todos os usuários de chapas de vidro mudassem para filmes. Mas nos demos conta de que esse número não era tão alto quanto pensávamos. Para poder aumentar o negócio, tínhamos que atingir o grande público".


Publicidade

A crença de Eastman na importância da propaganda, tanto para a empresa quanto para o público, era total. Os primeiros produtos Kodak foram anunciados nos grandes jornais e periódicos da época, e Eastman redigia suas próprias propagandas.
Eastman criou o slogan "Você aperta o botão, nós fazemos o resto" ao lançar a câmera Kodak em 1888, e em um ano essa frase ficou conhecida por todos. Mais tarde, com agências publicitárias desenvolvendo suas idéias, revistas, jornais, cartazes e outdoors exibiam a marca Kodak.
Participações em exibições em todo o mundo e a "Garota Kodak", com seu sorriso e diferentes estilos de roupas e câmeras a cada ano, conquistaram os fotógrafos em toda parte. Em 1897, a palavra "Kodak" brilhava em um painel luminoso na Trafalgar Square em Londres, um dos primeiros painéis desse tipo usado em publicidade.
Hoje, as propagandas da empresa aparecem em todo o mundo e a marca "Kodak", criada pelo próprio Eastman, é antiga conhecida de praticamente todos.
A palavra "Kodak" foi registrada como marca comercial em 1888. De tempos em tempos, novas especulações eram feitas sobre como o nome fora originado. Mas a verdade é que Eastman simplesmente inventou a palavra do nada.
Ele explicou: "Eu vislumbrei o nome. A letra "K" sempre foi minha favorita – uma letra incisiva. Foi apenas uma questão de combinar algumas letras, sempre começando e terminando com 'K'. E o resultado foi a palavra 'Kodak'". A cor amarela da Kodak, também escolhida por Eastman, é reconhecida em todo o mundo, um dos maiores patrimônios da empresa.
Graças ao gênio criativo de Eastman, hoje, qualquer pessoa pode tirar fotos com o simples pressionar de um botão. Ele fez de todos nós fotógrafos potenciais.


Beneficiando seus colaboradores

Além de seu gênio criativo, Eastman tinha em si qualidades humanas e democráticas, com uma visão marcante de como construir seu negócio. Ele acreditava que os funcionários mereciam algo mais do que salários justos – uma maneira de pensar muito além da visão empresarial de sua época.
Logo no início de seu negócio, Eastman começou a planejar uma forma de colocar "dividendos no salário" de seus funcionários. Sua primeira atitude foi, em 1899, distribuir uma soma substancial de seu próprio dinheiro – um presente – a cada pessoa que trabalhava com ele.
Mais tarde, ele estabeleceu o "Salário Dividendo", em que o empregado recebia benefícios além de seu salário proporcionalmente aos dividendos anuais das ações da empresa. O Salário Dividendo era uma inovação, representando uma grande parte da distribuição dos ganhos líquidos da empresa.
Eastman sentiu que a prosperidade da organização não estava, necessariamente, vinculada a invenções e patentes, mas sim à boa-vontade e lealdade de seus colaboradores, que por sua vez eram beneficiados com a participação nos lucros de seu trabalho.
Em 1919, Eastman deu um terço de suas ações da empresa, na época valendo US$ 10 milhões, a seus funcionários. Mais tarde ele lançou aquilo que, a seu ver, era sua responsabilidade com seus colaboradores: o estabelecimento de programas de aposentadoria, seguro de vida e pecúlio por invalidade. Com esses benefícios e o Salário Dividendo, os funcionários poderiam vislumbrar um futuro mais seguro.
Carl W. Ackerman, biógrafo, escreveu em 1932: "O Sr. Eastman fora um gigante em sua época. Sua filosofia social, a qual empregou ao construir sua empresa, não estava apenas além do pensamento da época, mas permaneceu na vanguarda nos anos que se seguiram, e passarão outros tantos anos até que seja reconhecida e aceita em sua totalidade".


Doando sua fortuna

Eastman é quase tão conhecido por seus atos filantrópicos quanto é conhecido por seu trabalho pioneiro em fotografia. Tanto nesse campo como em outros, ele direcionou seu trabalho com o entusiasmo de um colegial.
Ele começou a doar a instituições sem fins lucrativos quando seu salário era de US$ 60 por semana, oferecendo uma doação de US$ 50 a um estabelecimento recém-formado que lutava para se estabelecer, o Instituto de Mecânica de Rochester, hoje conhecido como Instituto de Tecnologia de Rochester.
Ele admirava também o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (M.I.T.), porque alguns de seus colaboradores haviam estudado ali, os quais se tornaram seus melhores assistentes. Essa admiração, após grandes considerações, traduziu-se em um generoso presente ao M.I.T.: US$ 20 milhões. A doação foi feita anonimamente por alguém de nome "Smith" e, por muitos anos, a identidade do "Sr. Smith" foi especulada e até mesmo mencionada em uma das populares canções do M.I.T.
A área odontológica também era de grande interesse para Eastman. Ele idealizou programas completos e apoio financeiro de US$ 2,5 milhões para os serviços odontológicos de Rochester. Depois, iniciou um programa odontológico preventivo em grande escala para crianças. Os programas odontológicos também foram aplicados em Londres, Paris, Roma, Bruxelas e Estocolmo.
Ao ser questionado por que havia favorecido a área odontológica, ele respondeu: "Os resultados do dinheiro aplicado são maiores do que em outros programas filantrópicos. É fato médico que crianças com boa aparência, boa saúde, dentes fortes e nariz, garganta e boca bem cuidados desde cedo têm mais chances na vida".
Eastman adorava a música e queria que outros desfrutassem de seus prazeres e de suas maravilhas. Assim, criou e subsidiou a Eastman School of Music, um teatro e a orquestra sinfônica. "É relativamente fácil empregar músicos talentosos. Mas é impossível comprar o gosto pela música. Assim, sem pessoas que possam apreciar os prazeres da música por apreciarem a música elas mesmas, qualquer tentativa de desenvolver recursos musicais em qualquer lugar do mundo estará fadada ao insucesso" disse ele. Assim, seu plano seguiu uma fórmula prática para expor o público à música, resultado que se vê em Rochester, que por décadas tem sua própria orquestra filarmônica.
O interesse de Eastman por hospitais e pela área odontológica cresceu ainda mais com seus estudos nesses campos. Ele promoveu e deu vida a um programa para desenvolver uma escola de medicina e hospital na Universidade de Rochester, tornando-se tão proeminente quanto a escola de música da universidade. Rochester está repleta de marcos de Eastman, que contribuíram para o enriquecimento social da comunidade.
Sua preocupação genuína com a educação dos afro-americanos concretizou-se no Instituto de Hampton e no Instituto de Tuskegee. Um dia, em 1924, Eastman assinou uma doação de US$ 30 milhões para a Universidade de Rochester, M.I.T., Hampton e Tuskegee. Quando repouso a caneta na mesa, disse: "Agora me sinto melhor".
Ao explicar as grandes somas doadas, ele disse: "O progresso do mundo depende quase que exclusivamente da educação. Selecionei um número limitado de beneficiados porque desejo cobrir certos tipos de educação e percebi que com os escolhidos eu veria um retorno mais rápido e direto do que se espalhasse o dinheiro aos quatro cantos".
De alguma forma, Eastman fazia com que os beneficiários dessem sua contribuição, de forma que a instituição tivesse segurança para manter-se por si só. Para ele, abundância e prosperidade ofereciam melhores oportunidades para servir.


Horas de lazer

Eastman era uma pessoa reticente e evitava publicidade. É um paradoxo que um homem cujo nome seja considerado sinônimo de fotografia apareça tão pouco em fotos em comparação aos grandes líderes de seu tempo. Ele podia andar pelas ruas de Rochester sem ser reconhecido.
Eastman viveu sua filosofia: "O que fazemos nas nossas horas de trabalho determina o que temos; o que fazemos em nossas horas de lazer determina o que somos". Um concorrente de peso, difícil de abater e prático nos negócios, ele era uma pessoa gentil em casa e com os amigos nos momentos de distração.
Em suas primeiras viagens à Europa, ele visitava metodicamente as galerias de arte, e muitas vezes locomovia-se de bicicleta de um lugar para o outro. Quando pôde adquirir obras de arte, ele já havia aprendido o suficiente para poder dizer: "Eu nunca comprarei um quadro sem antes tê-lo em casa, no meu convívio". O resultado: sua casa transformou-se em uma galeria de arte, com um dos mais belos acervos particulares de arte.


A visão de um pioneiro

Ela era um homem modesto e despretensioso... um inventor, um comerciante, um visionário, um filantrópico... O campeão do envolvimento.
Eastman morreu por suas próprias mãos no dia 14 de março de 1932 aos 77 anos de idade. Atacado por uma desabilidade progressiva resultante do endurecimento das células das vértebras inferiores, Eastman sentiu-se extremamente frustrado pela impossibilidade de manter uma vida ativa e decidiu resolver o problema a seu modo.
"Eastman foi um fator estupendo na educação do mundo moderno", dizia um editorial no jornal New York Times após seu falecimento. "O que ele conquistou com seus talentos inatos, ele devolveu generosamente à raça humana para seu próprio proveito: amparo à música, subsídios ao aprendizado, apoio à pesquisa e ensinamentos científicos, e promoção da saúde e do bem-estar da humanidade, ajudando os menos favorecidos na sua luta em busca de uma vida melhor, transformando sua própria cidade em um centro artístico e glorificando seu país perante o mundo."

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Kodak - Consolidando a Base

Primeiros anos

Em 1879, Londres era o centro do mundo da fotografia e dos negócios. George Eastman foi para lá para obter a patente de sua máquina de revestimento de chapas. A patente americana foi concedida no ano seguinte.
Em 1880, ele iniciou a fabricação comercial de placas secas. O sucesso de tal empreendimento impressionou tanto o homem de negócios Henry A. Strong, que ele decidiu investir algum dinheiro naquele jovem.
Em 1º de janeiro de 1881, Eastman e Strong formaram uma parceria chamada Eastman Dry Plate Company. No fim daquele mesmo ano, Eastman deixa seu emprego no Rochester Savings Bank para devotar-se em tempo integral à nova empresa e seus negócios. Ao mesmo tempo que administrava todas as atividades da companhia, ele continuava suas pesquisas buscando simplificar a fotografia.
Em 1883, Eastman surpreendeu o mundo dos negócios ao anunciar o filme em rolo com suporte adaptável para quase todas as câmeras com chapa no mercado. Em 1888, com a câmera KODAK, ele sedimentou a base da fotografia acessível a todos.
A câmera KODAK, pré-carregada com filme suficiente para 100 poses, podia ser transportada e operada com facilidade. Seu preço era de US$ 25. Após a exposição, toda a câmera era retornada a Rochester. Lá, o filme era revelado, as cópias eram impressas e um novo filme era inserido – tudo por US$ 10.
Em 1884, a sólida parceria de Eastman e Strong resultou na nova empresa Eastman Dry Plate and Film Company, com 14 acionistas. E, sucessivamente, em 1889, foi formada a Eastman Company.
A partir de 1892, a empresa foi chamada Eastman Kodak Company, quando da formação da Eastman Kodak Company de Nova York. Em 1901, a atual Eastman Kodak Company de Nova Jersey foi fundada de acordo com as leis do estado de Nova Jersey.

Eastman construiu seu empreendimento com base em quatro princípios:


    * produção em massa a baixo custo
    * distribuição internacional
    * extensivas campanhas publicitárias
    * foco no consumidor

Para ele, esses quatros princípios estavam fortemente relacionados. A produção em massa não poderia ser justificada sem uma ampla distribuição. E a distribuição, por sua vez, precisava do suporte de uma forte campanha publicitária. Desde o princípio, ele infundiu na empresa a convicção de que atender às necessidades e aos desejos dos consumidores era o único caminho para o sucesso do empreendimento.

E a seus princípios empresariais básicos, ele incluiu estas políticas:

    * fomentar o crescimento e desenvolvimento através de pesquisas contínuas
    * tratar os funcionários de forma justa e respeitosa
    * reinvestir os lucros na construção e extensão dos negócios

A história da Kodak se fez com base no desenvolvimento desses princípios e políticas.

Produção em massa a baixo custo

Desde o princípio da empresa, Eastman devotou-se a seu ideal: fornecer ferramentas para fotografia ao preço mais baixo possível ao maior número de pessoas. O rápido crescimento dos negócios fez da produção em larga escala uma necessidade. A criação de ferramentas inovadoras para fabricação de filmes possibilitou à nova empresa oferecer mercadorias de alta qualidade a preços que as colocava ao alcance do público em geral.
Em 1896, a câmera KODAK de Nº 100.000 foi fabricada, e uma média de 650 quilômetros de filmes e papéis era fabricada por mês. Naquela época, a câmera de bolso KODAK era vendida a US$ 5. Ainda não satisfeito, Eastman trabalhou no desenvolvimento de uma câmera que operasse com simplicidade e eficiência ao preço de US$ 1. O resultado de seus esforços foi o lançamento, em 1900, da primeira de uma longa série de câmeras populares, a BROWNIE.


Distribuição mundial

Quando Eastman iniciou seus negócios em chapas secas, em 1880, eram muitos os europeus interessados em fotografia, porém limitando-se quase que exclusivamente a profissionais.
Eastman reconheceu o potencial do mercado mundial para os fotógrafos amadores. Depois de apenas cinco anos após a fundação da Eastman Dry Plate and Film Company nos EUA, foi aberto um escritório de vendas em Londres. Nos anos que se seguiram, particularmente após o lançamento da câmera KODAK e dos métodos simplificados de Eastman, a captura de fotos popularizou-se, com centenas de milhares de amadores.
Em 1889, a Eastman Photographic Materials Company, Limited foi criada em Londres, Inglaterra, para operar a distribuição de produtos Kodak fora dos EUA. No início, todos os produtos eram fabricados em Rochester. E não muito depois, a demanda nacional e internacional exigiu novas unidades de produção.
A construção da fábrica em Harrow, Inglaterra, nas proximidades de Londres, foi concluída em 1891. Em 1900, centros de distribuição foram estabelecidos na França, Alemanha, Itália e outros países da Europa. Uma unidade no Japão estava sendo considerada ao mesmo tempo em que a unidade do Canadá era construída, originando a Canadian Kodak Company, Limited.
Hoje, a Kodak estabeleceu suas operações de manufatura na América do Norte, América do Sul, Europa e Ásia, e os produtos Kodak estão disponíveis em praticamente todos os países do globo.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A primeira fotografia colorida

Os anos de 1800 foram marcados pelos experimentos realizados a fim de colocar mais “vida” nas imagens através das cores. Já existiam pessoas especializadas em colorir fotos pintando-as, mas nenhuma técnica conseguia fixar e nem impedir que as cores enfraquecessem.

A fotografia colorida foi explorada durante o século XIX e os experimentos iniciais em cores não puderam fixar a fotografia nem prevenir a cor de enfraquecimento. Durante a metade deste século as emulsões disponíveis ainda não eram totalmente capazes de serem sensibilizadas pela cor verde ou pela vermelha (total sensibilidade a cor vermelha só foi obtida com êxito total no começo do século XX).

A primeira fotografia colorida permanente foi tirada em 1861 pelo físico James Clerk Maxwell. Para conseguir tal efeito ele fotografou o elemento colorido três vezes usando três filtros de cores fundamentais – vermelho, verde e azul – obtendo, desta forma, três negativos monocromáticos com variações de cinza distintos. Ele ainda converteu os negativos em slides e os projetou um sobre o outro, reproduzindo as cores do elemento original.

 

A primeira fotografia colorida, tirada por James Clerk Maxwell em 1861.


Entretanto existiam algumas complicações. Os principais problemas em utilizar este método eram a impossibilidade de obter fotos em movimento e a grande perda de luz, pois cada filtro só permitia a passagem de 1/3 da luz total. Era um processo complicado mas foi o primeiro passo a caminho do mundo das fotografias coloridas


Louis Arthur Ducos du Hauron

Louis Arthur Ducos du Hauron (8 de dezembro 1837, Langon — 31 de agosto 1920, Agen) foi um francês pioneiro na fotografia colorida, além de ser criador dos princípios fundamentais da cinematografia atual, ao lado de Henry – Desiré Du Mont.

Nos anos que se seguiram ao seu não publicado artigo de 1862, Louis se dedicou a criação de maneiras e práticas de gravação das imagens coloridas utilizando cores aditivas (vermelho, verde e azul) e subtrativas ( ciano, magenta,amarelo ).

Em 1868 ele patenteou alguns de seus métodos e no ano seguinte escreveu Les Couleurs en Photographie. Um de seus primeiros trabalhos com fotografias coloridas foi Landscape of Southern France, tirada através do método subtrativo em 1877.


 Vista de Agen, França em 1877 por Louis Ducos du Hauron



Primeiras fotos coloridas do mundo em autocromo feitas pelos irmãos Lumière



Além do cinema, os irmãos Lumière também inventaram um processo de fotografia colorida, em 1904.

A tecnologia chamava-se 'Autochrome Lumière' e consistia numa técnica artesanal que misturava partículas microscópicas de batata com corantes. O pó da batata era colocado entre dois filmes preto e branco, funcionando como um filtro colorido. Para um processo tão rudimentar, a qualidade é impressionante.

 O autocromo (marca registrada: Autochrome Lumière) foi patenteado em 1903 pelos irmãos Lumière, na França, e comercializado pela primeira vez em 1907.  Permaneceu o principal processo para se obter fotografias a cores durante o início do século XX, especialmente na década de 1930.

Para produzir as primeiras fotos coloridas, os irmãos Lumière usaram grânulos de amido de batata (fécula), tingidos de verde, laranja e violeta sobrepostos a uma imagem fotográfica preto e branco para criar imagens coloridas em placas de vidro, semelhante a slides. A seguir eram cobertos por uma camada de verniz impermeável, que os isolava dos banhos de processamentos. Em seguida, imersos numa emulsão pancromática, que é sensível a todas as cores.

Ao passar pelos grãos, a luz se decompõe e cria o colorido suave que se vê nas fotos produzidas dessa maneira. Cores pastéis, com um ligeiro efeito granulado.


Soldier, woman, baby

O exército francês foi a principal fonte de fotos coloridas no decorrer da Primeira Guerra Mundial.

O primeiro filme colorido moderno, o Kodachrome, foi introduzido em 1935 baseado em três emulsões coloridas. A maioria dos filmes coloridos modernos, exceto o Kodachrome, são baseados na tecnologia desenvolvida pela Agfacolor em 1936.

A fotografia colorida pode formar imagens como uma transparência positiva, planejada para uso em projetor de slides (diapositivos) ou em negativos coloridos, planejado para uso de ampliações coloridas positivas em papel de revestimento especial. O último é atualmente a forma mais comum de filme fotográfico colorido (não digital), devido à introdução do equipamento de foto impressão automático.

 

Foto de 1942 de um carpinteiro trabalhando, é um exemplo histórico das primeiras fotografias coloridas.

domingo, 25 de setembro de 2011

Câmera instantânea


A Câmera instantânea é um tipo de câmera fotográfica que revela instantaneamente a imagem. A mais conhecida entre elas é a Câmera Polaroid.

A Polaroid Corporation tornou-se mundialmente conhecida em 1948 devido ao surgimento da primeira câmera instantânea criada por Edwin H. Land. Em 1986 derrotou a concorrente Kodak em uma batalha de patentes e forçou sua saída do mercado de câmeras instantâneas.

A empresa, posteriormente, desenvolveu um sistema de filmes para cinema instantâneo, o Polavision, mas o sistema entrou tardiamente no mercado, assim como também foi frustrada a entrada no mercado das câmeras digitais.

A Polaroid Corporation anunciou, no dia 9 de fevereiro de 2008, o fim da produção da fotografia instantânea. A empresa estadunidense parou a produção de maquinas fotográficas instantâneas devido à forte concorrência da fotografia digital.

O sistema utilizado na revelação instantânea de filmes polaroid consistia em uma bolsa de fluidos químicos, que, quando passava pelos apertados cilindros metálicos, que, estouravam esta bolsa espalhando os fluidos pela moldura plástica de formato característico, algumas câmeras mais modernas utilizavam uma "cortina" para impedir a entrada de luz no filme pelo primeiro segundo.


Polaroid modelo J66



Diferentes estágios de um filme instantâneo.


sábado, 24 de setembro de 2011

Filme fotográfico


Filme fotográfico ou película fotográfica, (por vezes abreviado por filme ou película), utilizado em fotografia, é constituído por uma base plástica, geralmente triacetato de celulose, flexível e transparente, sobre a qual é depositada uma emulsão fotográfica. Esta é formada por uma fina camada de gelatina que contém cristais de sais de prata sensíveis à luz que chega a ela através da lente da câmera.
Os sais de prata, quimicamente chamados de haletos ou halogenetos de prata, podem ser mais ou menos sensíveis à luz. Então, há filmes que exigem maior quantidade de luz para registrar as imagens. Outros permitem a captação com menos luz. A essa propriedade dá-se o nome de sensibilidade.


Rolo de filme fotográfico de 35mm a preto-e-branco por revelar

Exposição
Exposição é a quantidade de luz que atinge o filme. Depende da abertura do diafragma e do tempo de abertura do obturador, ou seja, E=IxT (Exposição= Intensidade x Tempo ) Número de exposições é a quantidade de imagens que é possível registrar com o filme. Existem no mercado filmes para 12, 24 ou 36 exposições.


 
Cor
    * Os filmes em cores negativos são destinados a elaboração de ampliações coloridas em papel.
    * Os diapositivos (cromos ou slides) são filmes positivos coloridos para transparências (projeções) e serviços gráficos. Há poucos filmes que podem gerar um positivo preto e branco.
    * Os filmes a preto-e-branco negativos produzem películas negativas para cópias fotográficas monocromáticas.

Sensibilidade
A sensibilidade dos filmes é indicada normalmente por números ISO do International Organization for Standardization, que é uma fusão dos sistemas ASA (American Standards Association, americano) e DIN (Deutsches Institut für Normung, alemão). Como exemplo, um filme ISO 100/21° é um filme com ASA 100 e DIN 21°. Existe ainda um outro sistema da antiga União Soviética, denominado GOST, não sendo mais utilizado hoje em dia.

O sistema ISO de classificação da sensibilidade do filme é aritmético: por exemplo, um filme de ISO 400 é duas vezes mais "rápido" do que um de ISO 200, exigindo metade da exposição. Por outro lado, tem metade da velocidade de um filme de ISO 800, necessitando do dobro da exposição deste. No entanto, quanto maior o número ISO, maior a sensibilidade, e maiores são os grãos dos brometos de prata, resultando numa imagem com pouca resolução.
A sensibilidade dos filmes mais comuns são: ISO 32, 50, 64, 100, 125, 160, 200, 400, 800, 1600 e 3200.
    * Filmes de baixa sensibilidade: ISO 32 a ISO 64. São ideais para o trabalho com muita luz (dias ensolarados, sol forte e flashes de alta potência). Em condições favoráveis, esses filmes produzem resultados de grão excepcionalmente fino, o que proporciona boa definição nos detalhes e bom contraste, mesmo em grandes ampliações. São indicados para fotografar retratos, paisagens e temas ligados à natureza.
    * Filmes de média sensibilidade: ISO 100 a 400, são os mais populares para os objetivos gerais a que se propõe a emulsão em preto e branco. São filmes de granulação fina e ainda permitem trabalhos em condições de luz um pouco mais variadas. Indicados para dias ensolarados (ISO 100) ou nublados (ISO 200) e flashes de baixa potência (embutido na câmera).
    * Filmes de alta sensibilidade: ISO 800 a ISO 3200. Os filmes desta categoria apresentam um aspecto nitidamente granulado quando são ampliados. São ideais para trabalhos com pouca luz, como ambientes externos a noite, museus, teatros e casas de espetáculos em geral sem necessidade de uso de flash ou quando se necessita de alta velocidade para "congelar" o movimento (fotos de ação). Os filmes de ISO acima de 800 geralmente destinam-se a serviços profissionais, pois permitem alterações desses índices em condições extremas.
Código DX é um código impresso na bobina do filme que indicam sua sensibilidade ISO. Este veio facilitar e ajudar o fotógrafo, principalmente o amador, no uso correto do filme para as várias codições de luminosidade. As câmeras atuais possuem leitor de código DX, para ajuste automático de acordo com a sensibilidade do filme utilizado. Nas câmeras profissionais sua ação pode ser cancelada, permitindo ao fotógrafo a escolha do ISO de acordo com a necessidade ou condição de trabalho.

Formatos
São variados os formatos de filme existentes no mercado. Cada formato tem a sua aplicação específica sendo necessária uma câmera apropriada para cada formato de filme. Existem diversos formatos de filme pelo motivo de que se alterarmos o tamanho do filme alteramos também a qualidade da imagem final (quanto maior o suporte original) maior definição terá a fotografia ou o vídeo final, permitindo assim maior plasticidade a artistas, maior versatilidade a amadores e maior exatidão para aplicações técnicas.
Atualmente, no meio fotográfico, designa-se por "pequeno formato" todos os tamanhos de filmes inferiores ao de 120, como "médio formato" os tamanhos de 120 e 127 e como "grande formato" todos os tamanhos iguais ou superiores a 4x5 polegadas, estes, normalmente dispostos em chapas.
Os formatos de filmes mais comuns, em fotografia e cinema são:
    * Pequeno formato
          o 16mm – Formato usado quase em exclusivo nas câmeras Minox (câmeras de pequenas dimensões, conhecidas como cameras de espião). Neste formato o filme vem contido num chassis blindado com duas bobines no interior. Numa destas bobines está o pedaço de filme por expor, avançando o mesmo para a bobine seguinte após ser exposto à luz. Este formato por ser tão pequeno, ainda hoje é usado como filme cinematográfico.
          o 110 e 126 - Para as câmaras simples de uso amador. Nos tamanhos 110 (retangular) e 126 (quadrado), são fáceis de colocar e retirar. Teve sua época áurea nos anos 70, sendo responsável pela popularização da fotografia, mas hoje encontra-se em decadência, decorrente da fragilidade das suas câmeras e pelos resultados inferiores que apresentam, não permitindo grandes ampliações.
    * Médio formato
          o 120 e 220 - Formato em que o filme é enrolado num único pino de plástico juntamente com um papel de protecção a todo o seu comprimento. Destina-se a fazer fotogramas de 60x45mm, 60x60mm, 60x70mm e 60x90mm normalmente podendo variar consoante o modelo de câmera usado. O filme de 120 permite fazer 12 fotogramas de 60x60mm, o formato de 220 tem o dobro de filme, permitindo ao fotógrafo fazer 24 exposições de 60x60mm.
É mais utilizado por profissionais. Costuma ser utilizado nas fotos em estúdio, propaganda e eventos sociais. O número de poses é determinado pela câmera, sendo mais comuns os formatos 6x6 (12 poses) e 4,5x6 (15 poses).
          o 124 e 127 - Ao longo da história da fotografia existiram diversos formatos desenvolvidos por alguns fabricantes, os quais foram abandonados por estes não se terem tornado norma padrão, são exemplo disso o formato de 124 e o de 127 perfurado, os quais eram semelhantes aos formatos 120 e 220 variando apenas a sua altura (o 124 com 43mm de altura e o 127 com 73mm de altura e com perfuração apenas num dos lados da película).
          o 135 (conhecido como 35mm) - É o formato mais usado por profissionais e amadores, no qual o filme vem enrolado dentro de uma bobina metálica ou plástica que o protege da luz. Este filme tem perfurações laterais as quais se destinam, em alguma câmeras, a facilitar o avançar e rebobinar do filme. O filme tem o nome de 35mm pois esta é a medida de largura do filme.
Originalmente destinava-se ao cinema, tendo sido adaptado ao uso fotográfico por volta de 1920. Normalmente produzem-se neste formato fotogramas de 24x36mm, podendo em algumas câmeras produzir formatos de 24x72mm, dando origem a fotografias panorâmicas. É o formato com mais opções de sensibilidade ISO e é a categoria de filme que mais recebe inovações tecnológicas pelos fabricantes. Sendo o mais utilizado, seja por amadores ou profissionais, devido à sua versatilidade e disponibilidade tanto para fotos coloridas em papel ou slides, e em preto-e-branco.
    * Grande formato
          o grande formato – normalmente usadas em estúdio, existindo em diversos tamanhos (4x5 pol, 8x10 pol, 11x24 pol). Tem a sua aplicação em trabalhos onde é necessária a máxima qualidade, ou em que não é possível proceder-se a ampliação do negativo, por esta propiciar a diminuição da qualidade final da fotografia. Produzem fotografias de alta resolução e extremamente precisas. Normalmente demandam cuidados especiais na conservação e manuseio, sendo utilizados por profissionais de áreas como a arquitetura e publicitária.

Fabricantes
Entre os fabricantes mundiais de filmes, encontram-se a Agfa-Gevaert, a Fujifilm, a Ilford, a Imation, a Kodak e a Polaroid.


Tipos de filme fotográfico
Filme negativo - quando revelado, suas cores tornam-se invertidas (o branco, por exemplo, se torna preto). Os fotogramas contidos nesse filme podem ser ampliados diretamente. São encontrados filmes negativos coloridos e preto-e-branco. A maioria dos filmes em Cores são revelados no processo C-41, da Kodak. Já os filmes em Preto e Branco, possuem uma vasta gama de agentes reveladores, sendo o D-76, da Kodak, um dos mais conhecidos. O negativo possui uma latitude de aproximadamente +-2 pontos no Valor de Exposição (ou EV). Suas cores são mais neutras, sendo assim mais utilizado para fotografia de eventos. No caso dos filmes Preto e Branco, é possível alterar o contraste tanto no momento em que a fotografia é realizada, com o uso de filtros para esta finalidade, como no momento de se fazer a cópia, e também na escolha do agente revelador.
Filme reversível - também chamado de transparência, deve ser visualizado em projetores e visores específicos. Para ampliar fotogramas positivos, é necessário um meio intermediário, como um scanner. Os filmes reversíveis são geralmente utilizados na fotografia de paisagens, publicidade, jornalismo por possuir cores mais saturadas e melhor definição de contraste. A maioria é revelada no processo E-6, da Kodak, ou K-14 (Kodachrome). O slide possui latitude de aproximadamente +-0,5 ponto no Valor de Exposição, o que significa que ele tem menor tolerância a erros de exposição.