Rapidamente, os grandes centros urbanos da época ficaram repletos de daguerreótipos, a ponto de vários pintores figurativos como Dellaroche, exclamarem com desespero: "a pintura morreu"!
Como sabemos, foi nessa efervescência cultural que foi gerado o Impressionismo.

Em 1874, no ateliê do fotógrafo Maurice Nadar, uma exposição de jovens pintores apresentou uma nova forma de expressar a realidade por meio da exploração da representação da luz. Monet, Manet, Renoir, Sisley, Degas e Pissarro participaram dessa mostra inaugural do chamado movimento impressionista.
A fotografia apresentava um instante, e a pintura impressionista buscava a síntese do movimento. A representação da incidência da luz era a técnica usada pelo conjunto desses artistas, motivo pelo qual o impressionismo foi apelidado como ´arte da sensação rápida´.
O grupo apresentou divergências entre seus membros, e Edgar Degas (1834 – 1917) foi um dos mais originais. Numa série sobre bailarinas, Degas construiu suas imagens com um olhar fotográfico, mas retratou situações em trânsito, de maneira casual, como se captadas de surpresa, pois sua investigação concentrava-se no estudo do movimento. O movimento, o uso da cor e a incidência da luz foram suas principais marcas. Seu olhar é como de uma câmara fotográfica, porém ele congela e reproduz o movimento das figuras com grande apuro. Não é à toa o seu interesse pela arte fotográfica. Artista de ateliê, ele retratou pessoas comuns, como cantores de cabaré, passadeiras, freqüentadores de bares e bordéis (Folha de S. Paulo, São Paulo, 16 maio 2006, p. E1).
No Jardim das ´Tuileries´, em Paris, Claude Monet fez suas experiências com formas e cores e literalmente inspirou o nascimento do movimento impressionista (`O caderno de viagens de o código de Da Vinci´. Rio de Janeiro: Sextante, 2006).
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